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Novo Engenho

“Tenho de provar que o meu produto é melhor antes sequer de abrir a empresa”

Publicado por
Daniela Soares
|
23/10/2023

Paulo Pinto começou como instrutor de condução com apenas 21 anos e o gosto pelo trabalho fê-lo perceber que o caminho passaria sempre por esta área. Uma pessoa de “desafios”, decidiu abrir, em 2015, o seu próprio espaço, a escola de condução Novo Engenho, em Paços de Brandão. Ao contrário da maioria dos negócios, o primeiro ano foi próspero e o crescimento continuou, acumulando hoje a gestão de mais uma escola, em Grijó. Fala das dificuldades que os empresários enfrentam e também dos problemas atuais da falta de instrutores de condução e do atraso na entrega das viaturas compradas.


“Comecei como instrutor de condução aos 21 anos, era algo que me imaginava a gostar e a fazer durante muito tempo, é daquelas profissões que é preciso ter gosto pelo que se faz”, diz Paulo Pinto. Homem de “novos desafios, experiências e aprendizagens”, decidiu, em 2015, abrir a sua própria escola de condução, a Novo Engenho. “Ia ao encontro da minha forma de estar na vida e contrariava aquela monotonia de estar sempre a fazer a mesma coisa”, afirma. Localizada em Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), a escola deu frutos logo no primeiro ano, excecional para um negócio. “A nível de números, foi bastante positivo, ao contrário do que se esperava. Mas também foi bem planeado porque, devido ao apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional, tive de apresentar um plano de negócios, fazer estudo de mercado, escolhi o melhor sítio para o negócio, um processo que a ALPE acompanhou e apoiou desde o início. Tudo muito bem estudado e o começo foi a todo o gás, logo com muita clientela”, conta.
A maré de sorte veio, claro, acompanhada de “dores de crescimento rápido. Tive de adaptar-me ao volume de trabalho, comprar mais viaturas e contratar mais pessoal”, diz Paulo Pinto, confessando que “o movimento em excesso” provavelmente deveu-se ao “valor apelativo do serviço. Como não era conhecido, tive de jogar com valores mais baixos do que a concorrência”, explica. Tudo começou em abril com 2 funcionários (ele próprio e uma secretária) e uma frota de 2 veículos (1 carro e 1 mota) e em julho já estava a comprar mais 2 motas. No ano seguinte, mais um carro e a contratação de instrutores. “A parte complicada foi mesmo gerir os timings para contratar pessoas e aumentar a frota sem pôr em causa a viabilidade da empresa, porque o retorno financeiro do nosso trabalho é mais de 50% a favor do Estado”, aponta, sobre a carga fiscal “louca” que as empresas enfrentam.
Em 2021, decidiu abrir mais uma escola, em Grijó (Vila Nova de Gaia). “As escolas ficam a menos de 10 minutos uma da outra, nos limites das respetivas freguesias, e por isso o objetivo era facilitar e proporcionar rentabilização de recursos. Não precisava de comprar mais viaturas, aproveitava as mesmas para as duas, e os instrutores poderiam dar aulas em ambas, só que o problema é que neste momento há falta de instrutores, não há mão-de-obra qualificada para exercer este trabalho. Os instrutores que encontramos têm de ser pagos acima da média para que a oferta seja cativante para eles, mais 300/400€ acima do ordenado de tabela”, revela Paulo Pinto, comentando que a esta situação acresce outra. “A compra de carros também tem atrasado bastante. Comprei um carro no ano passado e só agora o vou receber. Tenho imensa gente que quer aulas e não consigo dar vazão, é uma dor de cabeça”, afirma.
Sobre as principais dificuldades da vida de empresário, Paulo Pinto é rápido a apontar a necessidade de “constante adaptação. Quem está à frente de uma empresa, tem de estar sempre disposto a mudar e a adaptar-se. As circunstâncias alteram-se, tem de se alterar o plano. Eu gosto disso, da tomada de decisão, do improvisar, de ter a minha independência financeira, não estar à espera do dia 1 para receber o ordenado. Mas, claro, temos muitas vezes de dar mais horas do que os funcionários, fazer horários menos bons, as férias não é quando queremos, mas sim quando podemos, e muitas vezes a nível financeiro prejudicamo-nos a nós próprios para não prejudicar os outros. Há uma gestão muito pessoal enquanto empreendedor, um trabalho de base que rouba tempo, mas tudo se consegue com ginástica e algum sacrifício”, declara. Como conselhos para quem se quiser lançar por conta própria, apela a que as pessoas “não se deixem levar pelas emoções. É preciso muito raciocínio, calma, ponderação. Tenho de provar que o meu produto é melhor antes sequer de abrir a empresa. É preferível perder mais tempo no planeamento, o negócio é 90% planeamento e 10% execução. Não tenham pressa, planeiem passo a passo. Claro que vão aparecer imprevistos, mas se tiverem uma matriz, não se perdem do objetivo”, frisa.

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