Isabel Vieira tomou conta de um espaço que já existia para concretizar a ambição de manter viva a sua paixão pelo ballet. A ajudá-la neste percurso, esteve a ALPE, que indicou os passos necessários à criação de um negócio próprio.
“O Ninho das Artes já existia, mas a pessoa que dirigia a escola teve de sair”, começa por dizer Isabel Vieira, a professora de ballet responsável pelo espaço que, em conjunto com o namorado Ricardo, professor de teatro, fazem do pequeno estúdio nas redondezas da Avenida Francisco Sá Carneiro, em Santa Maria da Feira, o refúgio ideal das artes em estado puro.
Assim que se viu a braços com um negócio próprio e à procura de orientações, a empreendedora recorreu à Agência em Prol do Emprego para se guiar neste novo caminho. “A ALPE ajudou a tornar as ideias mais concretas, através da organização de um portefólio”, revela. Com a documentação estruturada, a professora de ballet avançou com obras no espaço físico. “O primeiro passo foi dotar [o Ninho das Artes] de melhores condições para se tornar mais atrativo para os clientes”, refere.
O estúdio, graças ao nome que já tinha e à reputação dos dois professores que hoje dão a cara por ele, assegurou alunos fixos, de várias faixas etárias, que lá encontraram o local certo para praticarem ballet ou se aventurarem no teatro. Há aulas de ballet para crianças e também para adultos e uma turma de teatro amador que, todos juntos, realizam alguns espetáculos ao longo do ano. O último levado a cena foi Coppélia, na Tuna Musical Mozelense, em julho. Em todo o percurso de navegar pelo mar agitado de um negócio próprio, Isabel Vieira admite que “o mais difícil é ter perseverança” pois “os objetivos inicialmente traçados demoram bastante tempo a serem atingidos, especialmente se houver fatores externos que possam prejudicar a evolução”. A empreendedora assumiu a direção do Ninho das Artes em 2015 e confessa que foi “um processo cansativo pois as remodelações foram todas feitas em muito pouco tempo e com baixo orçamento”. A captação de clientes nunca para, reforça, “é um processo contínuo, que passa em grande parte por ter o site e as redes sociais atualizadas e o telemóvel sempre disponível”.
Como conselhos para futuros empreendedores, a professora de ballet tem apenas um: “Tentar planear as coisas o melhor possível, mas ser flexível quando as coisas não correrem como planeado”.