Zita Silva era contabilista, mas a paixão pelas viagens era tão grande que decidiu arriscar-se numa área completamente nova para cumprir um sonho. Hoje é a proprietária da Clickviaja, localizada mesmo junto à saída da autoestrada, numa das principais entradas na cidade de Santa Maria da Feira. Os destinos são diversos, mas o que diferencia esta agência é o serviço e acompanhamento ao cliente.
Da contabilidade para as viagens, Zita Silva fez, há nove anos, uma mudança de 180º na sua vida. Não tinha qualquer experiência na área, a não ser as muitas viagens que tinha feito a título pessoal, mas tinha um grande gosto que a levou a aventurar-se num negócio próprio. “No início, não foi muito fácil, começar um negócio do zero não é fácil, mas as coisas foram-se desenvolvendo”, conta. Quando fala nas dificuldades, fala sobretudo na captação inicial de clientes e em todo o trabalho de conhecer a fundo os destinos disponibilizados. “Já conhecia alguns destinos, os mais comercializados, tinha tido oportunidade de experimentar enquanto cliente, mas nas viagens que são especificamente organizadas pelos operadores é completamente diferente, temos oportunidade para conhecer mais e melhor aquela cidade ou país”, refere.
Dado que este é o seu primeiro negócio por conta própria, e estando na altura inscrita no Instituto de Emprego e Formação Profissional, Zita Silva ficou a conhecer a ALPE e recorreu a este apoio para elaborar a sua candidatura e conseguir algum apoio na concretização do negócio. A ALPE auxiliou na parte burocrática e foi uma ajuda preciosa na orientação e encaminhamento. A escolha do espaço foi um dos pilares do negócio e a empreendedora não hesitou em agarrar a loja que fica situada mesmo à saída da autoestrada, num dos pontos de entrada mais conhecidos da cidade de Santa Maria da Feira. “As pessoas encontram-nos facilmente, param todos aqui”, revela.
As coisas “têm corrido bem” desde então, com um leque de destinos diversos à disposição do cliente, sendo que os mais vendidos são “Caraíbas, Marrocos, Tunísia, Cabo Verde”. Há pessoas que “sabem exatamente o que querem” e outras que gostam de ter alguma orientação de profissionais. “Algumas querem ver o que há e nós tentamos, dentro das suas preferências, mostrar o que temos disponível. É o serviço que fazemos, adequado às propensões dos clientes, que nos distingue”, frisa. O feedback, na sua maioria, é “bastante positivo. As pessoas voltam e recomendam”, afirma. Um passo arriscado, para Zita Silva, começar numa área nova, mas que “valeu a pena e é para continuar”. Como conselhos para futuros empreendedores, diz: “Façam algo que gostem, não podem desistir ao fim de alguns meses, vemos negócios a abrir e a fechar em meses e não dá para perceber em meia dúzia de meses se um negócio vai vingar. Tem de haver capacidade de sobrevivência para aguentar os primeiros tempos”.